Em seis meses, foram realizados 7.716 leilões de bens penhorados na Internet, número que fica próximo dos 8.911 que ocorreram em todo o ano de 2017.

legislacao

A venda de bens penhorados por via de leilões electrónicos rendeu 210 milhões de euros, segundo avança o Correio da Manhã com base em dados da Ordem dos Solicitadores e Agentes de Execução.

Os 210 milhões de euros arrecadados em meio ano comparam com os 374 milhões de euros que a Ordem diz terem sido conseguidos ao longo de todo o ano de 2017. O dinheiro arrecadado permite a recuperação de dívidas pelos credores.

Entre Janeiro e Junho, foram realizados 7.716 leilões. No ano passado, ocorreram 8.911 operações de venda na internet destes bens penhorados.

Os imóveis representam a maioria dos bens vendidos (2.164), seguindo-se equipamentos (233) e veículos (153), de acordo com os dados da Ordem presidida por José Carlos Resende citados pelo Correio da Manhã.

O que são os leilões online

Em causa está a venda de bens que são penhorados a pessoas com dívidas que foram processadas nos tribunais através de acções executivas para cobranças de dívidas. O não pagamento voluntário leva à penhora, seja de imóveis, seja de bens móveis como carros, electrodomésticos ou outros, que são depois vendidos e o valor conseguido entregue aos credores, para assim se ressarcirem das dívidas.

Os leilões electrónicos, recorde-se, vieram substituir as tradicionais vendas por carta fechada e, dizem os agentes de execução, são muito mais transparentes e asseguram que os bens são vendidos por preços mais próximos do seu valor real. Os custos de realização das vendas são também mais baixos.

O Ministério da Justiça promoveu o enquadramento legal para a criação de uma plataforma electrónica que foi depois desenvolvida pela Ordem dos Solicitadores e Agentes de Execução (na foto, José Carlos Resende, bastonário), que procede agora à respectiva gestão e exploração.

Na prática tudo é feito on-line, desde o anúncio da venda, na página www.e-leiloes.pt até às licitações e à venda propriamente dita.

in Jornal de Negócios | 09-07-2018 | 

 

PUB

NEWSLETTER JURÍDICA HPJ - Receba os nossos destaques!